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A Bíblia como Palavra de Deus

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita, tendo como autor o Senhor, o Espírito Santo como intérprete e o tema central Jesus Cristo (Lc 24:27; Jo 5:39). Quando lemos em 2 Timóteo 3:16a: “Toda a Escritura é divinamente inspirada...” Vemos que a própria Palavra testifica a Sua autoria divina. Homens movidos por Deus escreveram a Sua palavra: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens (santos) falaram da parte de Deus, movidos pelo Espirito Santo” (2 Pe 1:21). “Pedro ensina que os escritores da Bíblia foram levados ao longo de seus escritos a escrever as palavras que Deus planejava que fossem registradas” (BOICE, 2011, p.41).



A Bíblia e suas traduções

A Bíblia e suas traduções

Das 6.701 línguas conhecidas mundialmente apenas 5% têm a Bíblia completa, outros 13% tem o Novo ou Antigo Testamento e ainda outros 14% têm pelo menos um livro da Bíblia traduzido. Juntos, estes números significam que mais de 95% da população mundial têm pelo menos uma parte da Bíblia numa língua conhecida (ALEXANDRE, 2008, p.75).

 

A Bíblia que possuímos hoje é uma versão/tradução, para nossa língua pátria, da Bíblia original, que foi escrita em hebraico, aramaico e grego. Para que a Palavra de Deus fosse propagada seria necessária a tradução da mesma para os diversos idiomas presentes no mundo.

Sobre as versões e traduções lemos:

(...) eram obras usadas para disseminar a mensagem dos autógrafos (manuscritos) aos seguidores do judaísmo e cristianismo, e para ajudá-los a manter a sua religião pura. (...) As antigas traduções são importantes por causa de sua proximidade com os autógrafos originais. Em geral, quanto mais antigo for um manuscrito, mais valioso será em termos de crítica e reconstrução textual (PFEIFFER, 2009, p. 1992).

De acordo com o dicionário Houaiss, autógrafo é o “original, ainda manuscrito, que se entrega ao tipógrafo para composição”. Neste caso, o autógrafo é a versão manuscrita do original da Bíblia e tradução “é simplesmente a transposição, de uma língua para outra, de qualquer composição ou texto” (PFEIFFER, 2009, p. 1992).

Segundo PFEIFFER (2009) a tradução pode ser: tradução literal, transliteração, versão e paráfrase. A tradução literal fornece o significado exato das palavras da língua original sendo uma transmissão exata das palavras ao invés de tradução de ideias. Na transliteração, a palavra é transposta de uma língua para outra através da escrita com letras ou caracteres que mais se aproximam do seu valor fonético (sons de fala). A versão é a tradução de um texto da língua original para outra língua, ou qualquer tradução da Bíblia ou parte dela. A paráfrase é uma tradução livre que tenta manter o sentido original das palavras, mas ao mesmo tempo quer se expressar de forma mais clara ao leitor, por isso ela pode perder a exatidão das palavras.

Vamos ver e aprender agora a respeito de algumas traduções e versões da Bíblia Sagrada.

 

  • Os Targuns Aramaicos – Targum é uma paráfrase ou uma tradução mais livre do Antigo Testamento feita pelos judeus para o aramaico. “Existem provas de que os escribas faziam paráfrases orais em aramaico desde a época de Esdras – Ne 8:1-8” (PFEIFFER, 2009, p. 1993). Nos primeiros séculos depois do advento de Cristo, os Targuns viraram livros que eram lidos nas sinagogas judaicas.

 

  • A Septuaginta – A Septuaginta (LXX ou versão dos Setenta) é a versão do Antigo Testamento (escrito em hebraico e aramaico) em grego koiné. Essa tradução foi feita em aproximadamente 3 a.C. pelo próprio povo judeu para aqueles judeus das cidades do Império Romano onde se falava o grego. Ela é a tradução mais antiga do Antigo Testamento.

 

  • A Vulgata – Jerônimo estudou na Palestina o hebraico durante 20 anos de sua vida e se empenhou em fazer a tradução primeiramente do Antigo Testamento para o latim e posteriormente do Novo Testamento (do grego para o latim). Assim sendo, a Vulgata é a tradução da Bíblia dos seu manuscritos originais para o latim. Vulgata vem do termo latim “vulgata versio” que significa “versão de divulgação para o povo”. Ela foi produzida com o intuito de substituir as versões latinas antigas feitas a partir da Septuaginta, nos séculos IV e V (d.C.).

 

  • A Tradução de Wycliffe – John Wycliffe foi teólogo e professor. A sua tradução foi feita a partir da Vulgata Latina Para o inglês em 1380 e continha toda a Bíblia. Foi amplamente perseguido pela Igreja Católica.

 

  • A versão de Willian Tyndale – Foi a primeira tentativa de traduzir toda a Bíblia dos originais, grego e hebraico, para o inglês em 1525 pelo pastor protestante inglês Willian Tyndale. O Novo Testamento foi concluído e algumas porções do Antigo Testamento também. O autor foi perseguido pelas igrejas católicas e anglicanas sendo, mais tarde, morto na fogueira.

 

  • A Bíblia de Genebra – Foi publicada em 1560, por eruditos que fugiram da perseguição religiosa da Grã-Bretanha para Genebra, na Suíça. Esta versão foi traduzida dos originais para o inglês. Foi a primeira tradução em inglês a usar a divisão em versículos. Ela foi levada para o Novo Mundo (Continente Americano), pelos puritanos e peregrinos, que fugiam da Europa. Era a versão da Bíblia usada por Shakespeare.

 

  • A Versão do Rei Tiago (King James Version) – ou Versão Autorizada. 54 sacerdotes, das mais variadas denominações cristãs britânicas, escolhidos pelo rei inglês Tiago I (James I) trabalharam nessa obra de 1607 até 1611, na Universidade de Oxford, traduzindo a Bíblia dos originais para língua inglesa.

 

  • A Tradução de Almeida – A primeira pessoa a traduzir o Novo Testamento do grego para o português foi o missionário protestante na Ásia João Ferreira de Almeida, por isso essa é a versão portuguesa mais antiga. Ele traduziu o Novo Testamento, lançado em 1681, e parte do Antigo Testamento, quando faleceu antes de concluir. Seu amigo Jacobus op den Akker concluiu a tradução do Antigo Testamento. A Bíblia completa foi impressa em 1753.

 

  • A Versão de Figueiredo – Produzida pelo padre português Antonio Pereira de Figueiredo a partir da Vulgata em latim foi traduzida para o português. Foi concluída, numa versão mais enxuta, em 1821.

 

  • Almeida Revisada e Corrigida (ARC) – É a tradução de Almeida trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e entregue para estudiosos do Brasil a fim de que os mesmos dessem a ela uma feição mais brasileira. Foi concluída em 1898.

 

  • A Tradução Brasileira (TB) – É a primeira Bíblia completa traduzida no Brasil, de forma bastante literal, entre 1902 e 1917, tendo Rui Barbosa como um de seus consultores linguísticos.

 

  • A Tradução do Padre Matos Soares – Foi feita em 1932 a partir da Vulgata. Editada em Portugal, porém, reimpressa diversas vezes no Brasil. Era a versão mais difundida entre os católicos.

 

  • Almeida Revisada e Atualizada (ARA) – É a tradução de Almeida trazida para o Brasil, feita durante aproximadamente uma década, que visava atualizar a linguagem, levando em conta os últimos avanços da arqueologia e exegese bíblica. Foi lançada em 1959.

 

  • Bíblia de Jerusalém (BJ) – Publicada em 1973, essa versão foi produzida por uma equipe de católicos e protestantes que traduziram as Escrituras a partir dos originais para o francês.

 

  • Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB) – Publicada em 1984 por uma equipe formada por judeus, católicos e protestantes que fizeram a tradução dos textos originais das Sagradas Letras para o francês. Possui os livros considerados canônicos por todas as religiões cristãs e os deuterocanônicos e apócrifos.

 

  • Nova tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) – Foi feita em 2000 após uma revisão da edição da BLH (Bíblia na Linguagem de Hoje, de 1988). A NTLH tem algumas alterações no texto do Antigo Testamento e uma revisão mais profunda na tradução do Novo Testamento. “(...) emprega uma linguagem que é acessível às pessoa menos instruídas e, ao mesmo tempo, aceitável ás pessoas mais eruditas” (ALEXANDER, 2008, p.77).

 

  • Bíblia SagradaTradução da CNBB (Conferencia Nacional de Bispos do Brasil) – Baseada nos textos originais da Bíblia em hebraico, aramaico e grego, comparada com a Nova Vulgata (revisão da Vulgata concluída em 1975). Foi publicada em 2002.

 

  • Nova Versão Internacional (NVI) – É a mais recente tradução da Bíblia para o português a partir das línguas em que a Bíblia foi originalmente escrita. A mesma preza pela clareza da linguagem, objetivando a compreensão do leitor. O seu texto não se baseia na alta erudição e nem no estilo muito popular. “ Regionalismo, termos vulgares, anacronismos e arcaísmos foram também deliberadamente evitados” (Comissão de Tradução da NVI, 2001).