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A Bíblia como Palavra de Deus

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita, tendo como autor o Senhor, o Espírito Santo como intérprete e o tema central Jesus Cristo (Lc 24:27; Jo 5:39). Quando lemos em 2 Timóteo 3:16a: “Toda a Escritura é divinamente inspirada...” Vemos que a própria Palavra testifica a Sua autoria divina. Homens movidos por Deus escreveram a Sua palavra: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens (santos) falaram da parte de Deus, movidos pelo Espirito Santo” (2 Pe 1:21). “Pedro ensina que os escritores da Bíblia foram levados ao longo de seus escritos a escrever as palavras que Deus planejava que fossem registradas” (BOICE, 2011, p.41).



Cânon

Cânon

O Cânon

 

“Cânon” é uma palavra que vem do grego, e os estudiosos a usam para identificar a lista de livros aceitos na Bíblia. Significa “vara de medir” e se refere aos livros sagrados que “estão à altura” de um padrão de excelência que mostra que os escritores foram guiados por Deus (HUBER, 2010, p. 54).

 

Salmos 119:160 diz que a Palavra de Deus como um todo é verdade. Começando com essa premissa, podemos comparar manuscritos que não fazem parte do cânon das Escrituras para ver se eles passam no teste. Como um exemplo, a Bíblia afirma que Jesus Cristo é Deus (Is 9:6-7; Mt 1:22-23; Jo 1:1-2, 14; 20:28; At 16:31, 34; Fp 2:5-6; Cl 2:9; Tt 2:13; Hb 1:8; 2 Pe 1:1). No entanto, muitos textos que não fazem parte da Bíblia, mas afirmam ser Escritura, argumentam que Jesus não é Deus. Quando contradições tão claras assim existem, a Bíblia como estabelecida hoje é para ser confiada, deixando os outros documentos fora de sua esfera.

Nos primeiros séculos da igreja, Cristãos às vezes eram executados por possuírem cópias das Escrituras (naqueles tempos, os livros da Bíblia eram encontrados em pergaminhos individuais, não eram combinados em um só livro como hoje). Por causa dessa perseguição, a seguinte pergunta logo surgiu: "Vale a pena morrer por quais livros?" Talvez alguns livros continham alguns dizeres de Jesus, mas eram inspirados do jeito que 2 Tm 3:16 descreve? O conselho da igreja foram importantes em reconhecer o cânon das Escrituras em público, mas muitas vezes uma igreja individual ou grupos de igrejas reconheciam um livro como sendo inspirado pelo jeito que foi escrito (ex: Cl 4:16; 1 Ts 5:27). Durante os primeiros séculos da igreja, poucos livros eram disputados e a lista foi basicamente estabelecida em volta de 303 D.C.

Quanto ao Velho Testamento, eles tinham que considerar três fatos importantes: 1) O Novo Testamento cita ou se refere a todos os livros do Velho Testamento, com exceção de apenas dois. 2) Jesus efetivamente endossou o cânon hebreu em Mt 23:35 quando Ele citou uma das primeiras narrativas e uma das últimas das Escrituras de Seu tempo. 3) Os judeus eram muito meticulosos ao preservar as Escrituras do Velho Testamento, e eles tinham poucas controvérsias sobre quais partes pertenciam ou não ao cânon. Os livros apócrifos da igreja católica romana não passaram no teste canônico, ficaram de fora da definição de Escritura, e nunca foram aceitos pelos judeus.

A maioria das perguntas sobre quais livros faziam parte da Bíblia era relacionada com os manuscritos da época de Cristo adiante. A igreja primitiva tinha critérios bem específicos para que os livros fossem considerados parte do Novo Testamento. Esses critérios incluíam: O livro foi escrito por alguém que era testemunha ocular de Cristo? O livro passou o "teste da verdade"? (quer dizer, o livro concordava com algum outro, que já era visto como parte das Escrituras?). Os livros do Novo Testamento que foram aceitos naquela época têm ultrapassado o teste do tempo e a Ortodoxia Cristã tem aceito esses livros, com pouco desafio, por séculos.

Confiança na aceitação desses livros específicos vem desde os recipientes do primeiro século, os quais ofereceram testemunho de primeira mão sobre sua autenticidade. Além disso, o assunto dos fins dos tempos encontrado no livro de Apocalipse, e a proibição de adicionar às palavras daquele livro em 22:18, argumentam fortemente a favor do cânon ser fechado na época em que o livro de Apocalipse foi escrito (95 D.C.).

Há um importante ponto teológico que não podemos deixar de mencionar. Deus tem usado Sua palavra por milênios para um propósito principal – revelar a Si mesmo e Se comunicar com a humanidade. No fim das contas, o conselho das igrejas não decidiu se um livro era Escritura; Deus decidiu isso quando o autor humano foi escolhido por Ele para escrever. Para poder realizar o resultado almejado, incluindo a preservação de Sua palavra através dos séculos, Deus guiou os conselhos da igreja primitiva no seu reconhecimento do cânon.

A aquisição de conhecimento sobre certos assuntos, tais como a natureza verdadeira de Deus, a origem do universo e vida, o propósito e significado da vida, as maravilhas da salvação e eventos futuros (incluindo o destino da humanidade) vão muito além da capacidade humana natural e científica de observação. A valiosa palavra de Deus que já nos foi entregue tem sido adotada por Cristãos por séculos, é suficiente para nos explicar tudo que precisamos saber sobre Jesus Cristo (Jo 5:18; At 18:28; Gl 3:22; 2 Tm 3:15) e para nos ensinar e corrigir em toda justiça (2 Tm 3:16).